Informativo

Descaso do Parapan-2007 deve se repetir em 2016

Rio, 1 de março de 2013
               

Reportagem do jornal Extra na última quarta-feira (27) denunciou que os Jogos Pan-Americanos no Rio não trouxeram contribuições importantes para redução dos obstáculos enfrentados pela pessoa com deficiência na cidade. Com o título “Rio, uma cidade nada acessível”, a matéria revela que, ainda hoje, 1.952 prédios públicos (federais, municipais e estaduais) não atendem aos requisitos de acessibilidade.

“As instalações construídas para o Pan não respeitaram regras básicas de acessibilidade. Na Vila Pan-Americana, depois de pronta, verificou-se que os banheiros não eram acessíveis. Eles foram então adaptados com a utilização do espaço da cozinha. No Maria Lenk, o atleta cadeirante precisaria se arrastar ao sair da cadeira para entrar na piscina, foi então necessário improvisar uma rampa de madeira” explicou para o jornal Teresa Amaral, superintendente do IBDD.

O descaso com as pessoas com deficiência, expresso na desigualdade dos gastos entre o Pan e o Parapan, deve se repetir em 2016.  A organização do Parapan foi duramente criticada no relatório do Tribunal de Contas da União pelas falhas de organização e logística.   Segundo a reportagem, apenas a verba de R$457 milhões será diretamente voltada para os investimentos em acessibilidade e infra-estrutura, além de despesas gerais, como serviços de alimentação a paratletas.

O tratamento diferenciado entre os atletas do Pan e Parapan foi também relatado na reportagem. O jornal relembrou o incidente com o atleta paralímpico argentino Carlos Maslup, que faleceu três dias após ter sofrido um acidente vascular cerebral na Vila do Pan. Maslup recebeu o primeiro atendimento do Corpo de Bombeiros e esperou cerca de 10 horas até ser internado em hospital do SUS. Os atletas olímpicos usufruíram da assistência em saúde da rede Golden Cross, que retirou o Parapan do seu contrato para os Jogos.  

Vale destacar, conforme noticiado, decisão do Governo que evidencia prognóstico lamentável para os próximos eventos: na Lei Geral da Copa, a presidente Dilma Rousseff reduziu de 2% para 1% a obrigatoriedade, determinada pela Lei de Acessibilidade, de assentos que estejam adaptados para pessoas com deficiência em construções esportivas

engenhão

O Engenhão, contruído para o PAN 2007, não possui acessibilidade adequada

 
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